Paralisações de caminhoneiros foram registradas em oito estados, segundo a PRF

Caminhoneiros protestaram em diversas estradas do país contra o aumento do preço dos combustíveis. Os protestos ocorrem desde a noite desta segunda (31). Os caminhoneiros barraram o fluxo de caminhões em diversos trechos de rodovias estaduais e municipais. Além do Espírito Santo as manifestações foram registradas em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, de acordo com as Polícias Rodoviárias Federais nos estados.

“Na maior parte das interdições os caminhoneiros em deslocamento são convidados a participar. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) continua monitorando possíveis pontos de bloqueio e em tratativas para que se restabeleça o fluxo nos pontos onde as manifestações ocorrem”, disse a PRF em nota.

Aumento

Para cumprir a meta fiscal de déficit primário, o governo decidiu aumentar tributos sobre combustíveis, com aumento da alíquota do Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

A alíquota passou de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 para o litro da gasolina e de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 para o diesel nas refinarias. Para o litro do etanol, a alíquota passou de R$ 0,12 para R$ 0,1309 para o produtor. Para o distribuidor, a alíquota, atualmente zerada, aumentou para R$ 0,1964.

O transporte terrestre  é o predominante no Brasil e 60% das mercadorias são transportadas por caminhões. Nas cidades, essa porcentagem aumenta para 95%, segundo a Agência Nacional de Transporte de Cargas (ANTC). De acordo com a entidade, o combustível representa 40% do custo de um frete e o aumento geralmente é repassado para o preço do transporte. O aumento do imposto do combustível poderá gerar um aumento de até 4% no preço do frete, segundo estimativa da agência.

Em nota, divulgada no último dia 27, Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) diz que a solução encontrada pelo setor é aumentar o frete em média 5%, passando o aumento do custo para o contratante. A Abcam afirmou que respeitaria a decisão daqueles que optassem pela greve, “entretanto solicita que a manifestação seja feita em casa, com os transportadores deixando de entregar suas cargas, e não bloqueando as rodovias”.

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