Estudo confirma que férias aumentam tempo de vida

Um estudo intitulado “Aumento da mortalidade apesar da redução do risco cardiovascular multifatorial bem-sucedido em homens saudáveis. Acompanhamento de 40 anos do teste de intervenção do estudo de empresários de Helsinque” foi publicado no Journal of Nutrition, Health & Aging, da editora Springer Science + Business Media, com sede na Alemanha.

O trabalho examinou dados de mais de 1.200 empresários, coletados ao longo de quatro décadas. A pesquisa começou em meados da década de 1970, quando os participantes estavam com cerca de 50 anos. Todos tinham, pelo menos, um fator de risco para doença cardiovascular: pressão alta, tabagismo, colesterol alto, triglicerídeos elevados, diabetes ou excesso de peso.

Os pesquisadores dividiram os participantes em dois grupos: um de controle e um grupo de intervenção. No segundo grupo, os participantes foram orientados a fazer exercícios, melhorar a alimentação e parar de fumar. Alguns receberam medicamentos.

Ao final do estudo, como era esperado, o risco de doença cardiovascular caiu 46% no grupo de intervenção em comparação com o grupo controle. Porém, a surpresa veio com o número de mortes ocorridas no grupo de intervenção, apesar das medidas.

Neste grupo, os homens que tiraram menos de três semanas de folga do trabalho por ano foram 37% vezes mais propensos a morrer ainda jovens.

O que indica que, mesmo quem segue uma dieta saudável e tem uma vida equilibrada, isso pode não ser suficiente para compensar e estresse do excesso de trabalho.

Os que  tiraram menos férias tiveram baixa qualidade do sono, o que tem sido associado a efeitos complexos, como a memória prejudicada e o ganho de peso.

“Perguntando às pessoas de 95 anos qual foi a razão pela qual elas atingiram 95, quase sempre a resposta que recebi foi ‘curti a vida, tive um bom tempo. Não se trata de deixar de cuidar dos fatores de risco. Mas você não pode se esquecer de aproveitar a vida, afinal você só tem uma”, argumentou o pesquisador Joep Perk, da Sociedade Europeia de Cardiologia, em entrevista ao site Medical Daily.