Cerveja mineira suspeita de estar contaminada pode ter sido vendida no Espírito Santo

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A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou na manhã desta segunda (13) que mais um lote da cerveja Belorizontina, da Backer, está contaminado por dietilenoglicol e monoetilenoglicol. As duas substâncias são utilizadas como anticongelantes em serpentinas de indústrias cervejeiras. Mas monoetilenoglicol é considerado menos tóxico. Ainda de acordo com a polícia mineira, lotes de cerveja contaminada podem ter sido vendidos no Espírito Santo, com outro nome. A cervejaria Backer está interditada pelo Ministério da Agricultura.

Até agora, a Polícia Civil confirmou onze casos da chamada síndrome nefroneural. Um deles morreu em Juiz de Fora, onde estava internado, na semana passada. Além dos pacientes internados em Belo Horizonte, há um em São Lourenço e outro em Viçosa. Entre os contaminados está o capixaba Luiz Felipe Telles Ribeiro, de 37 anos, internado em estado grave.

O novo lote contaminado é o L2 1354, segundo o delegado Flávio Grossi. “É importante ressaltar a existência de mais este lote, que não era de conhecimento. E ao contrário do que imaginávamos, o lote não estava concentrado só no Buritis”, afirmou.

Segundo a Polícia Civil, este é o terceiro lote analisado. Mas, segundo a fabricante, os dois primeiros itens, L1 e L2, pertencem um único lote, 1348.

De acordo com as investigações, exames de sangue de quatro vítimas deram positivo para a presença de dietilenoglicol, substância que pode ter provocado os sintomas de insuficiência renal e alterações neurológicas. As amostras de sangue, no entanto, não detectaram a presença de monoetilenoglicol.

A Backer emitiu nota dizendo que não usa o dietilenoglicol na produção das cervejas, mas que utiliza o monoetilenoglicol. Entretanto, segundo a Polícia Civil, em um dos tanques da fábrica, foram encontradas as duas substâncias.