Mundo caminha para ultrapassar marca de 100 mil mortos pela covid-19

A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que os casos confirmados da covid-19 em nível global somavam 1.521.252 nesta sexta-feira. A agência confirmou a morte de 92.798 pessoas devido à pandemia.

Diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus

Em atualização apresentada pelo diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus, um dos destaques foi a situação na África, onde o vírus se propaga em áreas rurais. A OMS aponta que existem casos em grupos e comunidades de mais de 16 países.

Para as áreas do campo, a previsão é que haja “graves dificuldades para os sistemas de saúde já sobrecarregados”, particularmente porque faltam recursos quando são comparadas às cidades.

Outro apelo da agência foi para os países que planejam fazer uma transição do confinamento em casa. O chefe da OMS destacou que “levantar essas restrições muito rapidamente pode levar a um ressurgimento de casos de forma mortal”.

Ghebreyesus disse ainda que a diminuição de pacientes “pode ser tão perigosa quanto a subida, se esta não for gerenciada de forma adequada”.

Serviços

O diretor-geral da OMS disse que a agência atua com países afetados para que possam diminuir as restrições de uma forma gradual e com segurança, tendo em conta cinco aspetos. O primeiro é que a transmissão seja controlada. Em segundo lugar, que os serviços públicos de saúde e de assistência médica estejam disponíveis.

Outros fatores são minimizar os riscos em ambientes como centros de cuidados, além de assegurar medidas preventivas em locais de trabalho, escolas e outros lugares. A OMS destaca ainda que os riscos de importação da doença podem ser gerenciados, as comunidades mais conscientes e envolvidas na transição.

Tendência alarmante

A agência expressa grande preocupação com o número de infeções relatadas entre os profissionais de saúde, que em alguns países chega a 10%. Para o chefe da OMS, esta é uma tendência alarmante.

Exemplos de países como China, Itália, Singapura, Espanha e Estados Unidos mostram que estes funcionários “estão sendo contaminados fora dos estabelecimentos de saúde, em suas casas ou comunidades”.

Descanso

Nas unidades de saúde, os problemas comuns são o reconhecimento tardio da covid-19, a falta de treinamento ou experiência para tratar patógenos respiratórios. O grupo enfrenta ainda a exposição a um “grande número de pacientes em turnos longos com períodos de descanso inadequados”.

Ghebreyesus disse que quando profissionais de saúde usam equipamentos de proteção individual da maneira certa, as infeções podem ser evitadas. Ele defendeu o acesso a equipamentos como máscaras, luvas, aventais e outros necessários para um trabalho com segurança e eficácia.