
A situação nos hospitais da Faixa de Gaza atingiu um nível crítico devido à severa escassez de combustível, colocando em risco a vida de centenas de pacientes, incluindo recém-nascidos. Hospitais como Nasser, Al Aqsa e o Europeu enfrentam a iminência de paralisação total de suas atividades.
Emergência Imediata: Recém-Nascidos em Risco Fatal
O Hospital Nasser, apoiado por Médicos Sem Fronteiras (MSF), corre o risco de ter o fornecimento de energia interrompido em diversos setores, impactando diretamente os cuidados essenciais. Na UTI neonatal, MSF atende crianças e recém-nascidos dependentes de ventilação mecânica e incubadoras, todos necessitando de geradores a combustível para sobreviver. Sem combustível, esses bebês correm risco de morte iminente. A transferência para outros hospitais, em suas condições vulneráveis, também representa um grande perigo.
MSF Alerta para Consequências Devastadoras
MSF tem realizado esforços para fornecer combustível emergencial aos hospitais Nasser e Al Aqsa, mas essa é uma solução paliativa, com duração estimada de apenas 36 a 48 horas. A organização humanitária alerta para as consequências devastadoras caso o fornecimento de combustível não seja restabelecido urgentemente. O bloqueio contínuo e a falta de entrada de suprimentos vitais são apontados como as principais causas da crise.
Impacto na Capacidade de Atendimento e Serviços Essenciais
O Hospital Nasser, com capacidade para 500 leitos, é um centro crucial para emergências, maternidade, pediatria, tratamento de queimaduras e trauma. A falta de combustível afeta não só os serviços de saúde, mas também o fornecimento de oxigênio, essencial para muitos pacientes. A equipe de MSF trata, em média, 100 casos de pneumonia por mês, muitos com necessidade de suporte de oxigênio, além de realizar mais de 100 cesáreas mensais, procedimentos que dependem de eletricidade constante. A priorização do pouco combustível restante para os setores mais críticos não garante a continuidade dos serviços por muito tempo.
Crise Humanitária Agravada pelo Bloqueio
A situação humanitária em Gaza se deteriorou drasticamente desde outubro de 2023, com o agravamento do bloqueio que restringe a entrada de suprimentos básicos. Em dezembro de 2024, a entrada diária de caminhões de ajuda humanitária (92 em média) era muito inferior à média anterior a outubro (500 caminhões), segundo dados da ONU.
Apelo por Ação Urgente
MSF e outras organizações humanitárias alertam há mais de um ano sobre o fornecimento inadequado de ajuda. A iminente paralisação dos hospitais por falta de combustível representa um ponto crítico. Um aumento urgente na entrada de suprimentos é fundamental para evitar o colapso do sistema de saúde e garantir o atendimento à população já fragilizada. É crucial que todas as partes envolvidas no conflito permitam a entrada de combustível e a entrega segura de suprimentos médicos.
Atualizações:
- Ênfase na iminência do colapso: A reportagem enfatiza a urgência da situação e o risco imediato para os pacientes.
- Contextualização do bloqueio: Menciona o agravamento do bloqueio desde outubro de 2023 e a redução drástica na entrada de ajuda humanitária.
- Dados da ONU: Inclui dados sobre a quantidade de caminhões de ajuda humanitária para dar dimensão da crise.
- Foco na UTI neonatal: Destaca a situação crítica dos recém-nascidos dependentes de ventilação mecânica e incubadoras.
- Apelo mais direto por ação: Reforça a necessidade de um aumento urgente na entrada de suprimentos e a responsabilidade das partes envolvidas.
Com informações de Médicos sem Fronteiras