De acordo com analista do mercado de Petróleo, o aumento da produção dos Estados Unidos fez com que o preço do barril para entrega em abril caísse para US$ 65, o menor preço em seis semanas. Os preços foram cotados nos pregões desta quinta (08) no mercado futuro de Londres.
As reservas americanas aumentaram na semana passada em 1,9 milhão de barris, de acordo com o Departamento de Energia dos EUA. A produção de petróleo do país cresceu em cerca de 10,25 milhões de barris por dia.
Referência na Europa, a cotação do petróleo do Mar do Norte está abaixo dos US$ 64,70 por barril, 1,29% abaixo do fechamento de ontem (US$ 65,55) e 9,23% abaixo da cotação máxima registrada após 2014, US$ 71,28 no dia 25 de janeiro deste ano.
A produção nos Estados Unidos, especialmente a oriunda da exploração de hidrocarbonetos não convencionais, ganhou força nos últimos meses, como resultado de um aumento paulatino do preço do petróleo, o que tornou essas jazidas rentáveis novamente.
No início de 2015, o barril do Brent chegou a ser cotado abaixo de US$ 30, devido a um excesso de produção no mercado, o que fez com que a exploração fosse suspensa em algumas jazidas onde é muito caro extrair petróleo.
Desde que chegou a um acordo para limitar sua produção, no fim de 2016, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) vinha contribuindo para aumentar os preços.
Nas últimas semanas, os preços foram influenciados pela expectativa entre os investidores de que o cartel liderado pela Arábia Saudita, junto com outros grandes produtores, avalia a possibilidade de estender esse congelamento da produção para além deste ano.
“Os investidores estão preocupados com o excesso de oferta”, comentou o analista da empresa CMC Markets, David Madden, pois as informações divulgadas ontem “revelam que os estoques nos EUA aumentaram e a produção atingiu um recorde histórico”. Ele disse que a informação sobre um aumento das importações por parte da China, divulgada também nesta quinta (08), “não foi suficiente para equilibrar os temores”.