Bahamas confirmam 30 mortos e 70 mil desabrigados devido ao furacão Dorian

As Bahamas confirmaram pelo menos 30 mortos e 70 mil desabrigados devido ao furacão Dorian que atingiu o arquipélago no domingo. O governo acredita que os casos fatais venham a aumentar de forma significativa.

Agências das Nações Unidas operam com o Ministério da Saúde e as equipes de emergência nas ilhas de Ábaco e Grand Bahama. O objetivo é responder às necessidades dos afetados com abrigos e recursos de água, saneamento e higiene.

Categoria 2

O furacão enfraqueceu para tempestade de categoria 2 e segue lentamente para nordeste ao longo da costa leste dos EUA, onde as autoridades locais disseram que ainda representa uma ameaça.

Nas Bahamas, o Programa Mundial de Alimentação, PMA, entregou geradores, equipamentos de telecomunicações e de logística, incluindo unidades de armazenamento e escritórios pré-fabricados. A caminho do arquipélago estão 38 toneladas de suprimentos alimentares para as vítimas da tempestade.

A Organização Internacional para Migrações, OIM, forneceu lonas para cobrir ou consertar temporariamente os edifícios danificados pelo furacão. Em caso de necessidade de abrigo, estes plásticos reforçados são uma “solução rápida e econômica para os necessitados”.

Inundações

As Nações Unidas estimam que 1,2 mil pessoas estejam a viver em abrigos nas ilhas de Ábaco e Bahamas e outras 800 estejam em clínicas aguardando para ser transferidas. Milhares não podem chegar aos abrigos devido às inundações e estradas bloqueadas.

A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, enviou três equipes médicas de emergência para as Bahamas. O foco do  braço regional da Organização Mundial da Saúde é atender e salvar os sobreviventes, além de manter as pessoas seguras.

O representante da Opas e da OMS nas Bahamas, Esther de Gourville, disse que “claramente a situação é de desespero para algumas pessoas em Ábaco”.

Águas Contaminadas

As autoridades alertam para a contaminação com esgoto, uma situação que pode fazer faltar água potável. O problema já afeta o Rand Memorial Hospital, um dos maiores da ilha de Ábaco. Existe ainda o risco de diarreia e outras doenças transmitidas pela água.

Imagens aéreas da área mostram uma grande devastação à infraestrutura da ilha. De acordo com a ONU, as comunicações estão sendo restauradas, mas ainda não há eletricidade.

Fonte: ONU News