Uma campanha de 12 dias sobre conservação da vida selvagem lançou um desafio a corredores em todo o mundo: competir com um leopardo-das-neves na Mongólia.
A partir desta quarta-feira, Dia dos Leopardos-das-Neves, milhares de corredores iniciarão o trajeto na iniciativa organizada pela ONU Meio Ambiente, Pnuma, e a Adidas Runtastic.
Caça ilegal
O objetivo é destacar a necessidade de conservar a vida selvagem ameaçada de extinção no mundo. Até o fim de 21 de outubro, quase 170 mil corredores já haviam se inscrito.
Através do aplicativo ‘Running” da Adidas, os usuários poderão correr e competir com Uuliin Ezen, um verdadeiro leopardo-das-neves, que vive na Mongólia. O animal é rastreado pelo Fundo para o Leopardo da Neve, usando tecnologia GPS para fins científicos.
Com a experiência, os corredores também poderão ter uma ideia de como são as atividades diárias de Uuliin, incluindo as dificuldades que ele enfrenta para encontrar comida e sobreviver à caça ilegal.
No aplicativo, os usuários terão ainda a oportunidade de contribuir com o trabalho de conservação que mantém o leopardo seguro.
Locais
Para garantir a segurança das espécies, o programa usa apenas dados de movimento e não os locais reais do leopardo. A iniciativa também tem apoio da Internet of Elephants.
A corrida faz parte de uma campanha internacional de conservação da vida selvagem, chamada ‘Run Wild’, Corra Loucamente, na tradução livre para o português. A meta é criar uma conexão positiva e poderosa entre corredores e espécies ameaçadas de extinção, aumentar sua compreensão sobre a complexidade da conservação e obter apoio para o trabalho necessário para manter os animais seguros.
O diretor de gerenciamento de programas do Pnuma, Matthias Jurek, explicou que “os leopardos-das-neves são uma das espécies mais emblemáticas das regiões montanhosas.” Mas segundo ele, os habitats destes animais “estão sofrendo uma pressão sem precedentes devido às mudanças climáticas e fatores relacionados, como mudança no uso da terra e degradação, fragmentação e perda de habitat”, além do aumento da caça furtiva.
Comércio Ilegal
De acordo com o Pnuma, o comércio ilegal de animais silvestres é um dos principais fatores da perda global de biodiversidade, além de representar riscos ambientais, econômicos, de desenvolvimento e de segurança. A agência da ONU, por meio de sua campanha WildforLife, trabalha em estreita colaboração com vários parceiros para prevenir e reduzir a demanda por produtos silvestres comercializados ilegalmente e reverter essas tendências.
Pesquisas recentes mostram que atualmente, um milhão de espécies estão ameaçadas de extinção e que a mudança climática é um fator essencial da perda da biodiversidade global.
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Fonte: ONU News