
13 de março: Alerta no Dia Mundial do Rim: obesidade, diabetes e hipertensão impulsionam a epidemia silenciosa. Diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida são cruciais para reverter o quadro.
A doença renal crônica (DRC) avança em ritmo alarmante no Brasil. Nos últimos dez anos, o número de casos saltou 57,6%, levando mais de 155 mil brasileiros à dependência de hemodiálise. O aumento, segundo o Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia, reflete a alta nos principais fatores de risco: obesidade, diabetes, hipertensão e envelhecimento populacional.
Neste Dia Mundial do Rim, a DaVita Tratamento Renal, maior rede de clínicas de hemodiálise do país, destaca a urgência de medidas preventivas. O nefrologista Bruno Zawadzki alerta para a necessidade de cuidados estruturais na promoção da saúde e prevenção da DRC, condição irreversível que compromete a função renal e exige sessões regulares de hemodiálise.
Cenário preocupante e fatores de risco em ascensão
A crescente incidência de DRC revela um problema de saúde pública complexo. A obesidade atinge mais de 56% dos brasileiros, enquanto o diabetes afeta cerca de 10% da população. A hipertensão arterial, por sua vez, impacta 27,9% dos brasileiros, com maior prevalência entre idosos.
Além dos fatores de risco tradicionais, estudos recentes apontam a poluição atmosférica como um fator adicional que pode prejudicar a saúde renal. Pesquisas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Amsterdã identificaram o impacto negativo da poluição no funcionamento dos rins, ampliando as preocupações sobre o ambiente como um fator de risco.
Prevenção e diagnóstico precoce: pilares da saúde renal
Diante desse cenário, a prevenção se torna crucial. Mudanças nos hábitos de vida, como alimentação saudável, exercícios físicos regulares, controle de peso e monitoramento de doenças como diabetes e hipertensão, são essenciais.
O diagnóstico precoce também desempenha um papel fundamental. Pacientes com fatores de risco devem incluir exames de rotina para medir a creatinina e detectar a perda de proteína na urina, sinais precoces de lesão renal.
“O Dia Mundial do Rim é uma oportunidade para colocarmos a saúde renal na agenda de todos”, afirma Zawadzki. “A conscientização é a chave para prevenir a doença e reverter o quadro crescente de doença renal crônica que vive o Brasil”.