Em 7 meses, mais de 1,5 mil refugiados e migrantes morreram no Mediterrâneo

As Nações Unidas informaram que nos primeiros sete meses deste ano, cerca de 60 mil pessoas tentaram cruzar o Mediterrâneo para entrar na Europa.

A rota é conhecida pela incidência de casos de tráfico humano e contrabando de pessoas que se tornam vítimas de redes criminosas.

Rota marítima

A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, afirma que de janeiro a junho, mais de 1,5 mil refugiados e migrantes morreram durante a travessia.

O alerta foi feito após 850 mortes terem sido notificadas somente nos meses de junho e julho. Com isso, o Mediterrâneo passa a ser considerada a rota marítima mais mortal do mundo.

O Acnur também está preocupado com o aumento na taxa de mortes apesar de o número de pessoas que chegaram à Europa por esta via ter caído bastante se comparado ao mesmo período dos anos passados.

Redes

Os dados da agência da ONU revelam que 1 em cada 31 pessoas, que fizeram a travessia em junho e julho, morreu ou está desaparecida. No ano passado, esta taxa era de 1 em cada 49.

A Espanha se tornou o destino número um dos refugiados e migrantes com mais de 23,5 mil pessoas chegando por mar. Em segundo lugar aparece a Itália com 18,5 mil e a Grécia com 16 mil.

Refugiados que fogem da Síria são 13,5% de todas as novas chegadas na Europa, o que prova o desespero das pessoas que tentam fugir da maior crise de refugiados do mundo.

O Acnur instou países e autoridades ao longo das rotas de trânsito de migrantes e refugiados que tomem todas as medidas necessárias para desmantelar as redes criminosas, que traficam seres humanos.

Barcos à deriva

Muitos sobrecarregam as embarcações durante o verão para aproveitar o bom tempo para a navegação. Depois, os contrabandistas abandonam os barcos deixando os migrantes à deriva.

Para a agência da ONU, é preciso ainda que os autores desses crimes sejam responsabilizados por tentar lucrar com a exploração de pessoas vulneráveis e em situação delicada.

Para o Acnur, essas ações são necessárias para evitar mais perdas de vida em alto mar.

 

da ONU News