
A vida do cantor Roberto Carlos vai virar filme. Roberto tem feito encontros em sua casa com o diretor Breno Silveira e equipe para contar passagens de sua vida que poucos conhecem. O longa, ainda sem previsão de estreia, vai começar nos anos de infância de Roberto e seguir até a saída do artista do programa Jovem Guarda, em 1968, quando segue para o Festival de San Remo, na Itália, e volta pronto para estrear sua carreira mais alinhada com a soul music e as canções românticas.
Breno conta com a ajuda de Nelson Motta para criar o roteiro. Um recurso a ser usado será a voz do próprio Roberto cantando a capela para narrar alguns episódios. “A sensação nesses encontros que estamos é de que ele vai abrir o coração mesmo”, diz Breno Silveira.
Ele não confirma a informação de que Roberto irá incluir ou deixar de fora temas delicados que estiveram na biografia de Paulo Cesar de Araújo, proibida de circular há 10 anos. O acidente do trem na infância, que o fez perder parte da perna direita, é um dos mais sensíveis.
Se a história deve ser contada, que seja por seu protagonista. Afinal, é ele, e mais ninguém, o dono das próprias lembranças. Não exatamente com essas palavras, mas com esse mesmo teor, Roberto Carlos defendeu sua postura contrária às biografias não autorizadas em 2014. Criou assim um fuzuê generalizado, iniciado mais precisamente há dez anos, quando o artista entrou na Justiça para tirar de circulação o livro Roberto Carlos em Detalhes, de Paulo Cesar de Araújo, e finalizado em 2015, no tribunal mais alto do país, o STF. A decisão favorável às publicações sem autorização abriu a porteira para as editoras, empolgou biógrafos, mas nunca mudou as ideias de Roberto Carlos.
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