A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que detectou presença ativa do vírus zika com potencial de infecção por saliva e urina. No entanto, ainda não há comprovação de transmissão, ou seja, não se sabe se é possível passar o vírus por saliva.
Muita pesquisa ainda deve ser realizada para se comprovar, segundo o presidente da fundação, Paulo Gadelha. O compartilhamento de copos e talheres deve ser evitado. No caso de gestantes, a recomendação é que elas também evitem locais de aglomeração.
O anúncio científico inédito foi feito durante coletiva de imprensa na sede da instituição de ciência e tecnologia vinculada ao Ministério da Saúde, no fim da manhã desta sexta-feira.
A Fiocruz tem atuado na investigação de complicações associadas ao zika que ainda não foram suficientemente estudadas por pesquisadores, como sua suposta relação com a microcefalia. Em maio de 2015, uma pesquisa desenvolvida pelo Laboratório de Virologia Molecular do Instituto Carlos Chagas (ICC), da Fiocruz do Paraná, confirmou a presença do zika em oito amostras humanas vindas do Rio Grande do Norte, o que constatou a circulação do vírus no país.
De acordo com o blog do Moreno, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, que assumiu também a condição de porta-voz do governo para assuntos relacionados ao zika vírus, confirmou que pesquisadores brasileiros, a exemplo de seus colegas americanos, já desconfiavam da possibilidade do vírus ser transmitido pela saliva. Após a notícia de que um paciente nos EUA foi infectado por transmissão sexual, o ministro afirmou que a situação desta outra forma de contágio será estudada e aprofundada:
— Hoje temos essa notícia da presença do vírus zika na saliva. Certamente, isso vai ser pesquisado, mas é um vírus que nós não sabemos a amplitude dele, não sabemos a dimensão da ação. É fundamental, neste momento, o combate ao mosquito Aedes aegypti, para que ele não se reproduza e não seja o principal transmissor do vírus zika.
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