Fusão entre Fibria e Suzano cria líder mundial em celulose

A fusão entre as empresas Suzano e Fibria foi aprovada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).   As negociações feitas pela BNDESPar, subsidiária de participações acionárias do BNDES, e pela Votorantim S/A criaram um novo líder mundial em celulose. BNDES e Votorantim compartilhavam o controle da Fibria.

Fusão

A fusão significa uma vitória da Suzano sobre a holandesa Paper Excellence, que fez uma proposta para comprar a participação da BNDESPar na Fibria Celulose. A oferta formal avaliou a empresa brasileira em R$ 40 bilhões.

Pelo acordo entre Fibria e Suzano, o BNDES receberá parte do pagamento em dinheiro, cerca de R$ 8,5 bilhões, e parte em ações da companhia resultante. O acordo garante que acionistas minoritários recebam dinheiro e ações nas mesmas condições dos controladores, diz o BNDES.

O BNDESPar seguirá com participação relevante, mas será minoritária. Segundo o BNDES, a operação é garantida por consórcio de bancos privados e sua conclusão está sujeita à aprovação de agências antitruste.

Exigências

Segundo o BNDES, foram negociadas melhorias de governança, que incluem a aprovação de uma política de indicação de conselheiros independentes.

A companhia resultante deverá, por contrato, manter, no mínimo, o mesmo padrão de responsabilidade socioambiental em que as duas empresas já eram referência.

O BNDES entrou na Fibria, empresa que nasceu da fusão de Aracruz e Votorantim em 2009. O negócio foi realizado para evitar que as duas empresas quebrassem após registrarem perdas significativas em operações com derivativos financeiros.

Esses instrumentos financeiros têm seus preços de negociação baseados na cotação futura de algum outro ativo (ações, câmbio ou juros), usado como se fosse um seguro de preço. O objetivo desse tipo de transação é proteger o investidor contra variações de taxas, moedas ou preços.