
Data será celebrada neste domingo, 13 de abril, com reverência e curiosidades sobre a música que embala o coração do país.
Neste domingo, 13 de abril, o Brasil canta em uníssono. É o Dia do Hino Nacional Brasileiro — uma data pouco lembrada, mas cheia de história, emoção e até algumas curiosidades que valem a nota.
Uma melodia que atravessou séculos
A música foi composta por Francisco Manuel da Silva em 1822, logo após a Independência do Brasil. Mas o que poucos sabem é que a letra atual só foi oficializada quase 100 anos depois, em 1922, pelas mãos de Joaquim Osório Duque-Estrada. Antes disso, o hino já embalava cerimônias e eventos, mesmo sem letra oficial.
De “Ouviram do Ipiranga” ao coração do povo
Você já se emocionou ouvindo os primeiros versos do hino em um jogo da Seleção Brasileira? Ou naquela cerimônia de formatura, com todos de pé e a mão no peito? É exatamente esse sentimento de pertencimento que o Hino Nacional carrega — um orgulho que pulsa junto ao som marcante da orquestra.
E sim, é verdade: ele tem duas partes. Mas normalmente, só a primeira é cantada em eventos oficiais.
Um hino com etiqueta
O Hino Nacional tem regras. E são levadas a sério: por exemplo, não pode ser aplaudido em cerimônias formais. Também não se pode cantá-lo de qualquer jeito — há um ritmo certo, determinado por lei. E que fique claro: aquele “Impávido colosso” não é nome de banda de rock, mas sim uma bela metáfora para o Brasil gigante e imponente.
Hino na escola? Ainda é lei!
Você lembra de cantar o hino na escola? Pois saiba que a prática continua sendo incentivada, principalmente às segundas-feiras. Afinal, educar também é criar memória afetiva com os símbolos nacionais.
E por que o dia 13 de abril?
Foi nessa data, em 1831, que a melodia do hino foi executada publicamente pela primeira vez. De lá pra cá, ganhou arranjos, letra e um lugar eterno na alma do brasileiro.

🎶 Letra oficial do Hino Nacional Brasileiro
Primeira Parte:
Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!
Segunda Parte (executada raramente):
Deitado eternamente em berço esplêndido
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
“Nossos bosques têm mais vida”,
“Nossa vida” no teu seio “mais amores”.
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula:
— Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!
Palavras que emocionam, notas que unem.
Mais do que uma canção patriótica, o Hino Nacional Brasileiro é uma aula de história cantada. No dia 13 de abril, vale parar um minuto, colocar a mão no peito e deixar a música fazer o resto.