O setor de serviços tinha, em 2017, 1,307 milhão de empresas, que empregavam 12,302 milhões de pessoas e pagavam, em média, 2,2 salários mínimos. Houve redução nos três indicadores na comparação com 2016, quando totalizavam 1,330 milhão de empresas (-1,7%), com 12,345 milhões de pessoas ocupadas (-0,3%), pagando 2,3 salários mínimos. No período, foram fechadas 23,1 mil empresas.
Os números também caíram em relação a 2014, período anterior à crise, época em que o setor de serviços contava com 1,321 milhão de empresas (-1,1% em relação a 2017), 13,0 milhões de trabalhadores (-5,3%) com remuneração média de 2,4 salários mínimos.
A gerente de Análise e Disseminação da Coordenação de Pesquisas Estruturais e Especiais em Empresas do IBGE, Synthia Santana, explica que 2016 foi um ano difícil para a economia. Especificamente em relação ao setor de serviços, ela esclarece que são empresas que atendem outras empresas e famílias. “O setor de serviços abastece quem já estava em uma situação difícil em 2016. Por isso não consegue se recuperar em 2017. O que houve foi uma falta de demanda pela prestação de serviços”, disse.
Em 2017, as empresas do setor de serviços geraram R$ 1,5 trilhão de receita operacional liquida (0,2% a menos que em 2016) e pagaram R$ 336,7 bilhões de salários, retiradas e outras remunerações.
Em relação a 2016, a maior queda no número de empresas foi nos serviços prestados principalmente às famílias (-4,6%), que engloba atividades como alojamento, alimentação, serviços pessoais etc. Quanto ao pessoal ocupado, atividades imobiliárias (5,8%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,2%) foram as únicas a apresentar resultados positivos. O pior resultado ficou com serviços de manutenção e reparação, que teve queda de 2,9%.
Fonte: Agência IBGE