Índice de Preços ao Produtor registra alta de 0,31% em agosto, diz IBGE

Após dois meses de resultados negativos, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresenta avanço de 0,31% em agosto, valor fortemente influenciado pelo setor de refino de petróleo e produtos de álcool, que alcançou variação de 6,48%, a maior da série iniciada em 2009. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O acumulado do ano atingiu -0,99%, contra -1,29% em julho de 2017. Na comparação entre  agosto de 2017 e agosto de 2016, a variação de preços foi de 1,66%.

De acordo com o pesquisador da Coordenação de Indústria do IBGE, Alexandre Brandão, apesar de terem crescido, os preços de agosto foram contidos principalmente pelo setor de alimentos, que tem segurado o IPP de forma geral. “É o setor de maior peso no IPP, mas está com variações negativas”, explica.

Além de refino de petróleo e produtos de álcool, os setores indústrias extrativas (6,21%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (3,06%) e outros produtos químicos (-2,06%) também se destacaram em agosto, na comparação com julho.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis).

Das 24 atividades industriais analisadas, 11 tiveram alta nos preços e as principais contribuições para a taxa positiva em agosto vieram do refino de petróleo e produtos de álcool e dos alimentos.

Ao longo do ano, a queda no preço dos alimentos é o principal fator que puxa a taxa geral para baixo. A variação desses preços só foi positiva em maio e, de janeiro a agosto, a taxa soma -8,07%.

Em agosto, os preços do açúcar refinado de cana, do açúcar cristal e do leite foram os principais impactos que contribuíram para a queda de preços. O resultado se refletiu em produtos que os utilizam como matéria prima, como o leite condensado e os bombons e chocolates de cacau.

Na divisão de categorias econômicas, os bens de capital tiveram variação de -0,19% no índice de preços, enquanto os bens de consumo registraram alta de 0,91%. Para os bens intermediários, houve estabilidade.

Fonte: Agência Brasil

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