A produção industrial teve queda de 0,6% no Brasil e de 7,2% no Espírito Santo, em novembro de 2024, na série com ajuste sazonal. As quedas mais acentuadas entre as Unidades da Federação foram no Espírito Santo (-7,2%) e em São Paulo (-4,7%).
A produção industrial no Espírito Santo apresentou uma queda de 7,2% em novembro de 2024, na comparação com outubro, marcando a maior retração entre os estados brasileiros. No cenário nacional, a produção industrial teve uma diminuição de 0,6%, e nove dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas. As quedas mais acentuadas foram observadas em São Paulo (-4,7%) e no Espírito Santo (-7,2%). Os dados foram divulgados nesta terça (14/1) pelo IBGE.
No acumulado de 2024, a indústria capixaba registra um leve crescimento de 1,4%, com uma variação positiva nos últimos 12 meses de 3,0%, embora tenha sido uma das poucas regiões a apresentar recuo no índice de produção no ano, com -0,8% no acumulado de janeiro a novembro.
O Espírito Santo, que concentra importantes setores industriais, como a extração de petróleo e gás, enfrentou desafios, com destaque para a queda nas indústrias extrativas. A produção de óleos brutos de petróleo e gás natural, por exemplo, foi um dos principais responsáveis pela retração no estado.
Avanços
Entre os estados com os maiores avanços no mês de novembro, destacaram-se Pará (4,4%), Amazonas (2,7%) e Pernambuco (2,6%). Esses locais interromperam meses consecutivos de perdas, com o Pará acumulando expansão de 12,8% nos dois últimos meses.
A média móvel trimestral da indústria também mostrou resultados variados, com o Brasil apresentando uma variação nula (0,0%). Pará, Mato Grosso e Goiás destacaram-se com os maiores aumentos, enquanto o Espírito Santo (-2,1%), Minas Gerais (-1,3%) e Ceará (-1,0%) registraram as principais quedas no trimestre encerrado em novembro.
Em comparação com novembro de 2023, a produção industrial nacional cresceu 1,7%, e dez dos 18 locais pesquisados registraram alta, com destaque para o Pará (17,7%), Mato Grosso (15,2%) e Pernambuco (15,1%).
A expectativa para os próximos meses é de recuperação gradual, com setores como o de alimentos e biocombustíveis apresentando resultados mais positivos em algumas regiões. Porém, o Espírito Santo continua a enfrentar desafios na retomada do crescimento industrial em 2024.
