Indústria recuou 9,8% em 2016

A produção industrial brasileira estagnou em comparação ao mês anterior.  A variação foi de 0% de acordo com o IBGE.  Em comparação com maio do ano passado, a queda foi de 7,8%, 27ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e mais elevada do que a observada em abril (-6,9%).

No ano a queda chega a 9,8%.  A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com a queda de 9,5% em maio de 2016, praticamente repetiu o recuo de 9,6% registrado nos meses de março e abril de 2016, quando mostrou a perda mais intensa desde outubro de 2009 (-10,3%).

Produção industrial mostra variação nula (0,0%) em maio

Maio 2016 / Abril 2016
0,0%
Maio 2016 / Maio 2015
-7,8%
Acumulado em 2016
-9,8%
Acumulado em 12 meses
-9,5%
Média móvel trimestral
0,6%

12 dos 24 ramos pesquisados crescem em maio

Na variação nula (0,0%) da atividade industrial na passagem de abril para maio, 12 dos 24 ramos pesquisados apontaram taxas positivas, com destaque para o avanço de 4,8% registrado por veículos automotores, reboques e carrocerias. Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (3,6%), de indústrias extrativas (1,4%) e de metalurgia (3,4%).

Vale destacar também os resultados positivos assinalados por outros equipamentos de transporte (9,5%), bebidas (2,2%), celulose, papel e produtos de papel (2,0%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,3%) e produtos de borracha e de material plástico (2,0%).

Por outro lado, entre os 11 ramos que reduziram a produção nesse mês, os desempenhos de maior relevância para a média global vieram de produtos alimentícios, que recuou 7,0%, e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,2%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis, ao avançar 5,6%, mostrou a expansão mais acentuada em maio de 2016 e interrompeu quatro meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou redução de 13,0%. O segmento de bens de capital (1,5%) também registrou crescimento nesse mês e marcou a quinta taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período ganho de 9,0%.

Por outro lado, os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,4%) e de bens intermediários (-0,7%) assinalaram taxas negativas em maio de 2016, com o primeiro apontando o segundo mês consecutivo de queda na produção e acumulando nesse período redução de 2,2%; e o último voltando a recuar após crescer 0,5% no mês anterior.

Cai produção de cerveja

A produção de cerveja no Brasil em junho recuou ao menor nível para o mês desde 2012, enquanto o volume produzido de refrigerantes caiu ao menor nível desde pelo menos 2011, segundo dados disponibilizados pela Receita Federal.

A indústria de bebidas do país, liderada pela Ambev produziu 9,642 milhões de hectolitros de cerveja em junho, queda de 1,2% sobre um ano antes e de 4% sobre maio.

Apesar disso, a produção da bebida no segundo trimestre deste ano cresceu 3,2% sobre o fraco desempenho mostrado no mesmo período de 2015, para cerca de 29 milhões de hectolitros, segundo os dados do sistema da Receita de acompanhamento do setor.

A produção de refrigerantes, enquanto isso foi de 9,563 milhões de hectolitros no mês passado, quedas de 8,16% sobre junho do ano passado e de 16% sobre maio desde ano. Desde pelo menos 2011, a produção de refrigerante do país em um único mês nunca tinha ficado abaixo dos 10 milhões de hectolitros.

No consolidado do segundo trimestre, houve queda de 0,3% sobre um ano antes no volume produzido de refrigerantes, para cerca de 33 milhões de hectolitros.

Às 11h36, as ações da Ambev, que teve um início de ano fraco no país no primeiro trimestre com queda nos volumes vendidos diante da recessão e aumentos de preços para mitigar alta de impostos, subiam 0,31%, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 0,83%.

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