O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, diz que 55 mil crianças não têm assistência humanitária na província de Quneitra, no sudeste da Síria.
A agência pediu “acesso humanitário seguro e incondicional para chegar às crianças que precisam”. O Conselho de Segurança prepara uma reunião sobre o país para 26 de julho.
Em nota, emitida em Amã, na Jordânia, o Unicef destaca que metade das 180 mil pessoas que fugiram da recente violência no sul da Síria, são crianças.
O diretor regional do Unicef para o Oriente Médio e norte de África, Geert Cappelaere, defende que “muitas vidas poderiam ter sido facilmente salvas se a ajuda tivesse chegado a tempo e sem condições”.
O documento destaca ainda que é essencial permitir a entrada de ajuda para salvar inocentes, e que essa medida “é um imperativo humanitário e não uma questão para negociações”.
Para a agência, negar acesso humanitário às crianças é uma das seis graves violações dos direitos infantis. A agência revela o exemplo de três anos de restrições a duas aldeias sitiadas em Idlib. Mas algumas “crianças e famílias dessas aldeias já partiram para locais mais seguros”.
A nota revela que mesmo com esses desafios, trabalhadores humanitários continuam a fornecer assistência essencial para salvar os mais vulneráveis na Síria. Mas a agência está apreensiva com relatos de ataques contínuos contra eles.
Mais de seis milhões de crianças precisam de assistência na Síria, daí o pedido do Unicef para um “acesso seguro e livre para alcançar todas as crianças necessitadas”.
Para a agência, é essencial entrar nessas áreas sírias para prestar assistência humanitária, levar ajuda médica e avaliar como as crianças recebem proteção, cuidados de saúde e psicossociais além de realizar avaliações humanitárias.