“Música na UTI: projeto em hospital de Linhares usa arte para ajudar na recuperação de pacientes”

Foto: Felipe Reis/Secom-PML

Iniciativa voluntária no Hospital Geral de Linhares (HGL) combate ansiedade e dor com playlists personalizadas, transformando o ambiente hospitalar em espaço de esperança.

Na UTI do Hospital Geral de Linhares (HGL), a música é mais que arte: é ferramenta de cura. Há três anos, voluntários levam conforto emocional e físico a pacientes críticos, reduzindo ansiedade e dor por meio de playlists escolhidas por eles ou por familiares. A prática, apoiada pela equipe médica, já mostra resultados visíveis na recuperação e humanização do tratamento.

Enquanto os acordes suavizam o estresse de pacientes intubados, voluntários e profissionais de saúde reforçam a importância da conexão entre arte e medicina. Conheça como o projeto funciona e por que pode inspirar outras unidades de saúde.

Como funciona o projeto?

O projeto permite que pacientes conscientes selecionem suas músicas favoritas para ouvir durante a internação. Para quem está intubado, familiares escolhem as canções, que são reproduzidas por voluntários como Edson Fernandes e Jean Paulo de Barros . “A música muda o ambiente. Pacientes balançam pés, mãos… Há uma reação imediata”, conta Jean Paulo.

Benefícios observados pela equipe médica:

  • Redução da ansiedade e do medo;
  • Alívio de sintomas físicos, como dor;
  • Fortalecimento do vínculo entre equipe e pacientes.

“A música traz tranquilidade e acelera a recuperação. Já vimos melhoras significativas de um dia para outro”, destaca Bernadete Maria Ardisson , coordenadora da UTI do HGL.

Humanização no centro do tratamento

A assistente social Valdineia Amorim ressalta que a iniciativa aproxima profissionais e pacientes: “A música quebra barreiras, cria conexões e devolve um pouco de normalidade a quem está fragilizado”. O projeto também abre espaço para que voluntários ampliem seu papel: além de tocar, eles ouvem histórias e oferecem apoio emocional.

Expansão e desafios

Apesar dos resultados positivos, o projeto ainda depende de mais voluntários para alcançar outras alas do hospital. “Queremos levar essa prática para todas as enfermarias, mas precisamos de mais músicos engajados”, explica Valdineia. Atualmente, as sessões ocorrem duas vezes por semana, mas a meta é torná-las diárias.