Pagar dívidas ou investir? O que fazer com dinheiro que, eventualmente, sobra na conta

Com o rendimento das aplicações financeiras em alta, é preciso cuidado na hora de usar algum dinheiro que sobrar na conta-corrente para abater dívidas. É preciso analisar com calma a situação, especialmente no caso de dívidas feitas há mais de dois anos, quando os juros eram menores, dizem especialistas.

Os financiamentos imobiliários do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) tinham, por exemplo, taxas anuais entre 8% e 9,5 % em 2013. Hoje, os novos contratos dificilmente ficam abaixo de 12%.

Para quem tem dinheiro sobrando, uma alternativa seria continuar pagando a prestação e aplicar a diferença. De acordo com economistas só vale a pena pagar a dívida se ela tiver juros maiores do que é possível obter investindo em aplicações conservadoras – CDB, fundo DI ou Tesouro Direto–, depois de pagar todos os impostos e custos embutidos.

Com o CDI (referência para os juros bancários) em 14,15%, um investidor que obtiver 100% dessa taxa conseguirá embolsar 12% ao ano em aplicações com prazo superior a dois anos –descontado os 15% de IR (Imposto de Renda). Se levar apenas 90% do CDI (ou o fundo DI tiver taxa de administração de 1,5% ao ano), o ganho diminui para 10,8%.

Ainda segundo os economistas, para os assalariados, continua sendo interessante usar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para abater a dívida imobiliária a cada dois anos. O dinheiro no fundo só rende apenas 3% ao ano mais TR (Taxa Referencial) e perde ano após ano para a inflação.

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