Mark A. Milley, o principal general do Exército americano, pediu desculpas públicas nesta quinta (11) por aparecer ao lado de Donald Trump em uma caminhada saindo da Casa Branca para uma ação de marketing político do presidente dos EUA.
“Eu não deveria estar lá. Minha presença naquele momento e naquele ambiente criou uma percepção das forças armadas envolvidas na política doméstica. Como oficial comissionado, foi um erro que aprendi e espero sinceramente que todos nós possamos aprender com isso “, disse, acrescentando que foi um “erro” e que sua presença “criou uma percepção de militares envolvidos na política doméstica “.
“Devemos defender o princípio de um exército apolítico que está tão profundamente enraizado na essência de nossa república“, concluiu o
General Mark Milley.
Lá, Forças Armadas são para enfrentar ameaças externas. A política interna é coisa dos partidos políticos e dos civis, a quem os militares juraram obedecer e defender para manter a integridade da Nação.
Sem querer ser 100% ingênuo, sei que “palavras são palavras, nada mais do que palavras.”
Mas, no papel, aqui também é assim. As forças armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica devem ficar de olho nos inimigos externos.
Só que, nossos militares (como os de tantas republiquetas governadas por brucutus mundo afora) adoram meter o bedelho na política interna e não raras vezes assumiram o poder e subverteram a lógica, obrigando civis a obedecê-los.
Recentemente o Ministro da Defesa, o general de Exército Fernando Azevedo, acompanhou o presidente Jair Bolsonaro em uma manifestação política de apoio ao governo. E tratou isso como absolutamente normal.
E isso é preocupante, exatamente, porque nos dias atuais temos militares ocupando diversos cargos civis. Exibindo sua incompetência em ações de saúde; nas ações de articulação política e em diversos outros setores do governo Bolsonaro.
E o meu ponto é: já que a essa turma adora tanto os americanos, poderia seguir o exemplo dos militares colegas de lá e não se meter naquilo que não têm competência.