Redução de mortes é foco do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito

ONU destaca que “a vida não é uma peça de carro”; secretário-geral lembra que acidentes de trânsito matam mais jovens do que HIV, malária, tuberculose ou homicídios; chefe das Nações Unidas quer que mundo enfrente crise global de segurança no trânsito.

Os acidentes de trânsito matam mais 1,3 milhão de pessoas a cada ano. De acordo com as Nações Unidas, o risco de morte nas ruas e estradas continua sendo três vezes maior nos países de baixa renda do que nos países de alta renda.

A ONU aponta que o trânsito em todo o mundo ainda promove um alto número de mortes, ferimentos graves e doenças todos os anos.

A organização indica que esses acidentes são a principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. Quase metade das mortes no trânsito ocorre entre pedestres, ciclistas e motociclistas.

Em mensagem sobre o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito, marcado em 17 de novembro, o secretário-geral da ONU disse que a data é uma oportunidade para refletir sobre o que fazer para “salvar milhões de vidas”.

António Guterres lembra que “mais jovens com idades entre 15 e 29 anos morrem de acidentes de trânsito todos os anos do que de HIV/Aids, malária, tuberculose ou homicídio.” Para ele, os “esforços coletivos podem fazer muito para evitar essas tragédias.”

Desenvolvimento

O chefe da ONU destacou que “salvar vidas melhorando a segurança no trânsito é um dos vários objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.” Ele fez um apelo para que todos “se unam para enfrentar a crise global de segurança no trânsito”.

Este ano, o lema da data é que “a vida não é uma peça de carro”. O tema é baseado no Pilar 3 do Plano Global para Década de Ação para a Segurança nas Estradas 2011-2020.

Trânsito

A ONU aponta que o trânsito em todo o mundo ainda promove um alto número de mortes, ferimentos graves e doenças todos os anos, tanto como consequência imediata de acidentes quanto da poluição do ar.

Motociclistas, pedestres e ciclistas são considerados usuários vulneráveis das vias por circularem com mínima proteção.

Com o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito a organização apoia os esforços globais para reduzir as mortes nas estradas.

Para a ONU, a data oferece uma oportunidade para chamar a atenção “para a escala de devastação emocional e econômica” provocada pelos acidentes de trânsito e reconhecer o sofrimento das vítimas , as ações de apoio e resgate.

Dados

De acordo com relatório de 2018 da Organização Mundial da Saúde, OMS, as taxas mais elevadas de morte no trânsito ocorrem na África, com 26,6 pessoas por cada 100 mil habitantes. As mais baixas são registradas na Europa, com 9,3 por 100 mil habitantes.

Em todo o mundo, pedestres e ciclistas são responsáveis ​​por 26% das mortes no trânsito. Esse número chega a 44% na África e 36% no Mediterrâneo Oriental.

Em comparação com uma pesquisa divulgada em 2015, mais 22 países melhoraram suas leis, cobrindo mais 1 bilhão de pessoas.

Atualmente, 46 países, representando 3 bilhões de pessoas, possuem regras que estabelecem limites de velocidade alinhados com as melhores práticas. Em 45 nações, com 2,3 bilhões de pessoas, foram adotadas leis sobre o consumo de álcool.