Remédios mais caros

 

remedios2A partir desta sexta (31), todos os medicamentos vendidos no País ficarão 12,5% mais caros, conforme informação da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).

O reajuste supera o índice de inflação (de 10,67%) pela primeira vez em 10 anos. A explicação para isso, segundo empresários do setor, é a falta de correção de preços de acordo com a CMED – Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos – e  reajustes abaixo da inflação nos últimos seis anos.

Medicamentos genéricos e similares também sofrerão reajustes. O consumidor deve sentir o aumento no bolso a partir da próxima semana.

O Brasil tem cerca de 28 mil produtos farmacêuticos oficializados .

Os consumidores, porém, não conseguem ver com naturalidade o aumento. Alegam, como a dona de casa Eveline Matos Oliveira, de 68 anos e há mais de 30 consumindo remédios de uso contínuo contra a hipertensão, que “mesmo os medicamentos genéricos ainda batem forte no nosso bolso. São mais baratos, mas acontece que estamos ganhando cada vez menos, inclusive em termos de aposentadoria. Para não falar na alta generalizada dos alimentos.”

Já Pedro Oliveira Dantas, 57 anos, que também consome remédios de uso contínuo, é mais otimista: “Não posso me queixar do preço dos genéricos. Fui receitado para usar continuamente o Diovan de 320 miligramas, do laboratório Novartis, que custa mais de R$ 120 a caixa. No entanto, com o cartão do Novartis, ainda consigo pagar em torno de R$ 80. Mas o genérico dele não sai por mais de R$ 30.”

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