Vacinação contra a gripe começa no Espírito Santo; veja quem pode tomar

A partir desta segunda (23) até o dia 1º de junho será realizada a 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza. No Espírito Santo, 963.932 pessoas estão entre o público-alvo da campanha, que tem como meta imunizar pelo menos 90% (867.538) dessa população, conforme estabelece o Ministério da Saúde. Para atender a essa necessidade, o Estado deve receber 1.060.400 doses da vacina do Governo Federal. As vacinas foram distribuídas para os municípios para que eles vacinem o público-alvo, ação que é realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou conforme a estratégia de cada administração.

A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, enfatiza que todos que fazem parte dos grupos prioritários da campanha devem receber a vacina para obter proteção contra a gripe e evitar possíveis complicações de saúde. Segundo ela, estudos apontam que a gripe provoca hospitalização e morte principalmente entre os grupos de alto risco que não receberam a vacina, ou seja, em idosos; portadores de doenças crônicas e condições clínicas especiais; crianças menores de 5 anos de idade, ainda que previamente saudáveis; e mulheres gestantes ou na fase do puerpério.

Danielle explica que a gripe é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório e é causada pelos vírus influenza, sendo que o vírus A e B são os que provocam maior impacto na saúde humana. A vacina que será aplicada na campanha deste ano protegerá contra os vírus A (H1N1), A (H3N2) e B. A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações salienta que quem recebeu a vacina na campanha do ano passado deve se vacinar este ano para ficar protegido, já que a composição da vacina muda a cada ano devido às constantes mutações dos vírus influenza. Segundo ela, em torno de dez dias após a aplicação da vacina a pessoa fica protegida.

Os sintomas da gripe são agudos, ou seja, surgem de repente. A pessoa começa a se sentir mal, logo vem a dor de garganta, muita dor no corpo, febre alta prolongada e tosse. Muitos sintomas da gripe são semelhantes ao do resfriado, que também dá tosse, coriza, apesar de a pessoa não ficar tão prostrada e às vezes nem ter febre. Em alguns casos, a infecção pelo vírus influenza pode evoluir para um quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em que o paciente apresenta sintomas gripais associados a uma forte dificuldade de respirar.

Para não haver dúvida nem correr risco, é importante buscar atendimento médico mesmo se os sintomas forem mais brandos. O médico é quem poderá, de forma segura, fazer o diagnóstico e determinar o tratamento.

Há situações em que pessoas relatam terem ficado gripadas depois de terem tomado a vacina influenza, mas a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações explica que a vacina é composta de vírus inativado (morto e fragmentado), portanto, não provoca a doença. Pode acontecer, no entanto, de a pessoa ter tido contato com o vírus influenza poucos dias antes de ser vacinada ou antes de o corpo ter produzido a imunidade, por isso a doença se desenvolve no organismo mesmo com a aplicação da vacina.

Dados de SRAG

Em 2018, até o momento, foram registrados seis casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Influenza no Espírito Santo, sendo dois casos por Influenza A (H3N2), dois casos por Influenza A (H1N1) e dois casos por Influenza B. Destes, um caso evoluiu para óbito por Influenza B. Em 2017, o Estado registrou 67 casos de SRAG por Influenza, sendo 54 casos por Influenza A (H3N2), um caso por Influenza A (não subtipado) e 12 casos por Influenza B. Destes casos, sete evoluíram para óbito (H3N2).

Quem poderá receber a vacina pelo SUS

– Crianças de 6 meses até menores 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias);

– Trabalhadores de saúde;

– Gestantes;

– Puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto);

– Pessoas com doenças crônicas ou condições clínicas especiais;

– Povos indígenas;

– Pessoas com 60 anos ou mais;

-Professores que atuam em sala de aula em escolas públicas e privadas de ensino infantil, fundamental, médio e superior;

– População privada de liberdade;

– Adolescentes e jovens sob medida socioeducativas;

– Funcionários do sistema prisional.