A volta às aulas está próxima e pais e responsáveis já começam a se planejar para a retomada da rotina escolar das crianças. É chegada a hora também de preparar diariamente uma lancheira que atenda as exigências de paladar dos pequenos, o que nem sempre é uma tarefa fácil. A dificuldade aumenta ainda mais quando nesta equação entra a preocupação em manter hábitos saudáveis fora de casa, uma vez que o sobrepeso e a obesidade infantil se tornaram realidade em muitas casas brasileiras.
O último senso do Ministério da Saúde, de 2019, levantou que 6,4 milhões de crianças brasileiras entre 3 e 12 anos estavam com sobrepeso e cerca de 3,1 milhões delas já apresentavam quadro de obesidade. Além disso, a estimativa é de que este cenário tenha piorado desde então por conta da pandemia.
Pensando em facilitar a rotina dos pais e responsáveis, a enfermeira esteta Mariane de Chiara, diretora da Clínica Chiquetá e idealizadora do projeto Esbeltinho, que ajuda famílias na gestão dos hábitos alimentares de crianças e adolescentes, separou algumas dicas do que levar em consideração na hora de preparar diariamente a lancheira dos pequenos. “O primeiro passo é certificar-se de incluir na lancheira um item de cada grupo alimentar: uma fonte de proteína ou lácteo (leite, iogurte, queijo), uma fruta ou legume in natura, um carboidrato (pães ou cereais) para fornecer energia e uma bebida para hidratar”, sugere.
Além disso, a especialista elencou 5 passos para quem deseja equilibrar o recheio da lancheira:
- Substitua alimentos industrializados por alimentos integrais e com menos teor de sal e açúcar.
- No lugar dos sucos de néctar de fruta opte por um iogurte com geleia.
- Prefira cookies integrais à bolacha recheada.
- Para sucos naturais escolha frutas com maior tempo de oxidação como manga, abacaxi, goiaba, maracujá e acerola.
- Para bebidas industrializadas, dê preferência para chás, sucos sem açúcar ou conservantes, água de coco ou água.
“Ensinar hábitos saudáveis ainda na infância promove resultados significativos na saúde e qualidade de vida. Por isso, é necessário ajudar as crianças em suas escolhas para seu pleno desenvolvimento”, finaliza.